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Mau hálito: saiba como agir contra o problema que pode até levar à depressão

Dificuldade para se relacionar, constrangimento, ansiedade e até depressão: a halitose ou mau hálito, como é popularmente conhecida, é uma alteração do hálito que atinge cerca de 40% da população brasileira, de acordo com a Associação Brasileira de Pesquisas dos Odores Bucais.

No Dia Nacional de Combate à Halitose, celebrado em 22 de setembro, o Hospital Paulista chama a atenção para a condição, que pode ser até considerada um problema psicossocial, causando desconfortos que impedem a interação com outras pessoas.

Segundo a otorrinolaringologista Dra. Lígia Maeda, especialista em halitose, ao contrário do que muitas pessoas imaginam, na maior parte dos casos, a origem do mau hálito não é estomacal, mas sim bucal, e ele pode ser diagnosticado após um exame que é feito de forma rápida e precisa.

“A halitose é a situação em que a pessoa exala um odor desagradável pela boca ou pela respiração. Na maioria das vezes, ela tem causa multifatorial, mas em 90% dos casos, é proveniente da boca”, alerta a especialista.

Segundo a médica, o diagnóstico pode ser feito por meio de um exame chamado Oralchroma, capaz de medir os três principais gases causadores do mau hálito em apenas oito minutos. Ele também auxilia no tratamento e acompanhamento do problema.

O Hospital Paulista é um dos centros de referência para o tratamento e diagnóstico do mau hálito. Os pacientes que vivenciam a condição podem apresentar outros sintomas otorrinolaringológicos, como obstrução ou secreção nasal, rinite alérgica, sinusite crônica e amigdalites de repetição.

 

Como prevenir a halitose?

O mau hálito pode ser considerado um problema de difícil diagnóstico quando tentamos identificá-lo sozinhos, já que o olfato se “acostuma” com os odores. Por isso, o próprio indivíduo não costuma sentir o cheiro que exala.

De acordo com a Dra. Ligia, o fato de o paciente não saber se está com mau hálito, gera muita insegurança. Por isso, pacientes com halitose tendem a ser introvertidos, evitam conversar de perto com outras pessoas ou levam a mão à boca ao falar. Ele afeta a autoestima das pessoas, gerando isolamento social”, explica.

A melhor forma de não sofrer com situações desagradáveis é por meio da prevenção do problema, que pode ser feita de forma simples, por meio da higiene oral adequada, incluindo, principalmente, a limpeza da língua e visitas regulares ao dentista. Além dos hábitos de higiene, uma alimentação saudável e balanceada e a hidratação correta ao longo do dia também são importantes na prevenção”, completa.

A especialista lembra que causas sistêmicas como refluxo, doenças pulmonares e do fígado, ou outras alterações do organismo também podem estar entre os agentes da halitose.

 

Tratamento

 

De acordo com a Dra. Lígia, os tratamentos da halitose são individualizados e direcionados para cada causa, de acordo com o diagnóstico do paciente. Na maioria dos casos, eles são contínuos e contam com acompanhamento multidisciplinar.

A médica alerta que adiar o diagnóstico e o tratamento podem ser ainda mais prejudiciais à saúde e à autoestima do paciente. A negligência pode levar ao agravamento do problema.

“Além destas questões, o mau hálito gera um prejuízo psicossocial que interfere nas relações interpessoais, causando problemas que podem chegar até a uma depressão. Por isso, se você perceber qualquer alteração no seu hálito, busque ajuda, procure um especialista para que o diagnóstico e o tratamento sejam realizados da maneira correta”, finaliza.

 

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