Em Live, especialistas do Hospital Paulista alertam para doenças do labirinto e presbifonia em idosos

“Cuidados com a Saúde do Idoso” foi o tema de uma Live realizada nesta terça-feira, dia 22, pelo Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, em celebração ao Junho Violeta. A campanha propõe uma reflexão sobre a importância de manter uma rotina de cuidados com a população 60+.

O evento virtual aconteceu por meio do Instagram da instituição e contou com a presença dos médicos otorrinolaringologistas Dr. Ricardo Dorigueto e Dr. Domingos Tsuji e da fonoaudióloga Christiane Nicodemo, todos profissionais do hospital, que abordaram temas como perda de audição ocasionada pela idade, doenças do labirinto, presbifonia e refluxo, além de reabilitação auditiva.

Ao início do bate-papo, foi divulgado um dado da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) destacando que, no Brasil, cerca de 29% dos idosos podem cair ao menos uma vez por ano. Deste volume, 13% sofrem de quedas recorrentes, sendo a tontura e a vertigem as principais causas.

De acordo com o Dr. Dorigueto, a queda é um evento multifatorial, sendo o labirinto – parte interna do ouvido responsável pelo equilíbrio, audição e percepção do corpo – um dos grandes responsáveis por ela.

O médico afirmou que 68% dos pacientes com tontura, atendidos no hospital, relatam que já tiveram tendência à queda e 40% afirmam que caíram ao menos uma vez no ano. Destes, 10% sofreram algum tipo de fratura. “Apesar de a doença do labirinto ser benigna, ela está associada a um alto índice de quedas e prejuízo na qualidade de vida.”

“O labirinto é um órgão sensorial, responsável pela percepção do movimento da posição do corpo em relação à gravidade. Quando não estamos bem do labirinto, podemos manifestar uma falsa percepção de equilíbrio, causado a queda”, explicou.

Já o Dr. Domingos esclareceu as dúvidas sobre alterações na voz causadas pelo envelhecimento natural das cordas vocais – a presbifonia –, destacando suas características e formas de prevenção e tratamento.

“Assim como todos os órgãos do corpo envelhecem, as estruturas envolvidas na produção da voz também sofrem deterioração com o tempo. Com o passar dos anos, ela pode ficar mais fraca, roca, com uma entonação diferente. O envelhecimento costuma trazer mudanças na qualidade vocal que é a presbifonia.”

Segundo o otorrinolaringologista, caso o paciente apresente um problema de voz persistente por um período superior a 15 dias, uma avaliação médica especializada é necessária, independentemente da idade.

“As pessoas tendem a acreditar que é normal os idosos terem a voz mais fraca ou rouca. Muitas vezes, estas alterações vocais podem representar uma doença mais grave, entre elas pólipos, papilomas ou até um câncer de laringe”, alerta o médico.

A fonoaudióloga, por sua vez, falou sobre o tratamento multidisciplinar no suporte ao diagnóstico e tratamento de pacientes idosos e alertou sobre a importância do autocuidado para a prevenção de doenças.

“Precisamos estar atentos aos sinais do nosso corpo. Nós somos os principais detectores de que nosso organismo não está bem, para que possamos procurar auxílio médico, quando necessário”, finaliza.

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