A tontura pode acontecer em qualquer idade, mas se torna mais comum conforme o indivíduo envelhece. Entre os sintomas mais relatados estão vertigem, desequilíbrio ou instabilidade, tontura inespecífica e pré-síncope (sensação de perda dos sentidos e força muscular).

Os labirintos, região da orelha interna constituída por um tecido ósseo e ligada às funções de audição e de equilíbrio do corpo, percebem a movimentação da cabeça e sua posição em relação à gravidade. A função de entender a rotação da cabeça é atribuída a três pares de canais com formas circulares, dispostos em três eixos que acompanham o movimento da cabeça. O líquido em seu interior é responsável pela ativação dessa função.

“Já a percepção da posição que se encontra a cabeça é responsabilidade dos cristais do labirinto, localizados na parte central do órgão. Quando os cristais se deslocam para fora de sua área correta, em direção aos canais circulares, por pancadas ou por uma degeneração natural do labirinto, temos o diagnóstico de vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), que desencadeia curtos períodos de tontura”, explica o Dr. Ricardo Schaffeln Dorigueto, coordenador do Setor de Otoneurologia do Hospital Paulista.

O problema pode causar quedas, principalmente em idosos. Entretanto, pessoas de qualquer idade podem ser afetadas, levando em consideração condições gerais de saúde, como sedentarismo, ansiedade e hábitos nutricionais inadequados.

O tratamento consiste em manobras posturais, onde o profissional executa uma série de movimentações e posições de cabeça e do corpo, para estabilização dos cristais, que auxiliam na manutenção do equilíbrio.