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Polissonografia e a importância do sono

A polissonografia é o exame de escolha para o estudo do sono, sendo fundamental na investigação dos distúrbios respiratórios. Durante todo período de sono são observadas e registradas as atividades cerebrais, cardíaca, respiratória e muscular que após análise médica, consegue-se diagnosticar o tipo de distúrbio do sono que o paciente apresenta para orientar o médico no tratamento.

Nós do Sono Paulista contamos com os mais modernos aparelhos, quartos climatizados em ambiente silencioso para o seu conforto, técnicos altamente treinados, e médicos especializados em medicina do sono para interpretação do exame.

No Sono Paulista você tem a certeza do diagnóstico preciso.

Higiene do sono

Independente do problema apresentado estas orientações gerais melhoram a qualidade do sono.

  • Temperatura e luminosidade adequada no quarto;
  • Colchão adequado ao seu peso e altura;
  • Horário regular de dormir;
  • Evite o consumo de álcool e cafeína;
  • Evite fumar;
  • Evite fazer atividades físicas até 4 horas antes de dormir;
  • Evite assistir TV, ler e comer na cama;
  • Procure escrever em uma agenda todo planejamento diário, com a finalidade de “esvaziar” suas preocupações durante a noite.

O que vem a ser o ronco e a apneia?

Do latim apneia quer dizer “sem respiração”. Existem 3 tipos de apnéias: central, obstrutiva e mista. A central ocorre quando o cérebro falha em mandar sinais adequados aos músculos respiratórios para iniciar a respiração, sendo a forma menos freqüente. A forma obstrutiva e mista são muito mais comuns e ocorrem quando se tem uma obstrução das vias superiores levando a uma interrupção do fluxo de ar.

A apnéia obstrutiva do sono é uma doença que atinge 2% das mulheres e 4% dos homens adultos, sendo bastante comum e com um grande número de pacientes sem diagnóstico e tratamento.

Quando mudamos da posição ereta ou sentada para a deitada, existe a tendência de diminuição do calibre da via aérea superior (VAS). Isto ocorre pelo efeito da gravidade na língua e no palato mole que tendem a cair parcialmente para trás.

Alguns pacientes por apresentarem alterações estruturais das VAS (amídalas aumentadas, palato alongado, macroglossia, retrognatia, etc…), associado a um relaxamento da musculatura quando dormem, levam a uma diminuição do calibre das vias aéreas superiores, principalmente na região retropalatal e retrolingual.

Quando o ar passa por esta região e encontra resistência causa uma vibração nos tecidos levando a um som muito conhecido que é o ronco. Esta diminuição do calibre pode ser mais intensa limitando o fluxo de ar, neste caso deixa de ser apenas um ronco e se torna uma “hipopneia” e se esta diminuição for ainda mais intensa irá causar um colapso das VAS , impedindo fluxo de ar, levando a parada respiratória, tornado-se uma “apneia”.

Resumindo a hipopneia é uma diminuição do fluxo de ar e a apneia a obstrução total e ambas tem de durar acima de 10 segundos. Se o indivíduo apresentar mais de 5 eventos respiratórios (apnéia e/ou hipopneia com duração de mais de 10 segundos) , por hora é considerado um indivíduo com apnéia obstrutiva do sono.

Quais as consequências do ronco?

O ronco primário, como é chamado o ronco que apenas causa vibração dos tecidos emitindo som característico sem causar limitação do fluxo, causa conseqüências sociais. Porém, vale ressaltar que dos indivíduos que roncam freqüentemente: 19%das mulheres e 34% do homens apresentam apnéia. Todo indivíduo que ronca constantemente deverá ser avaliado.

Quais as consequências das apneias?

Cada vez que há uma diminuição da fluxo de ar, que pode ser de poucos segundos ou se prolongar por mais de um minuto, ocorre uma diminuição do nível de O2 do sangue e por conseguinte um aumento do CO2, levando a um aumento do batimento cardíaco e aumento de pressão. Essas alterações “avisam” o cérebro que existe um problema respiratório gerando um pequeno despertar de poucos segundos, levando a um aumento da contração muscular e restabelecimento da potência das vias aéreas superiores e normalização temporária da respiração. No paciente com apneia este tipo de evento ocorre inúmeras vezes , chegando a ocorrer centenas de vezes durante o sono, levando a uma fragmentação excessiva do sono.

Sintomas mais comuns da apneia

Noturnos
1. ronco alto;
2. paradas respiratórias;
3. engasgos;
4. sono agitado;
5. várias interrupções no sono para urinar.

Diurnos
1. sono não reparador, acorda-se cansado;
6. sonolência diurna;
7. memória fraca e dificuldade de concentração;
8. impotência ou diminuição da libido;
9. boca seca ao acordar;
10. cefaleia matinal;
11. irritabilidade.

Consequências da apneia do sono

Sofrendo de apneia obstrutiva do sono, o indivíduo tem maiores chances de apresentar:
1. hipertensão arterial sistêmica;
2. arritmia cardíaca;
3. acidente vascular cerebral (derrame);
4. infarto agudo do miocárdio.

Como diagnosticar?

Polissonografia

O paciente que apresenta sintomas clínicos da doença (ronco, sonolência diurna, etc) deve realizar um estudo do sono através da polissonografia. A polissonografia é o exame de escolha no diagnóstico da apneia obstrutiva do sono e consiste no registro das variáveis fisiológicas durante o sono como a atividade elétrica cerebral, movimento dos olhos, tônus muscular, fluxo de ar oral e nasal, esforço respiratório, movimentos de pernas, oxigenação do sangue (oximetria). Este exame além de diagnosticar irá determinar a gravidade da patologia.

A polissonografia irá determinar se seu sono é normal e apresenta quantidade de sono profundo suficiente, se apresenta pequenos despertares fragmentando o sono, controle da respiração, medindo a intensidade do fluxo de ar nasal e bucal regitrando se há interrupção no fluxo (paradas respiratórias), registrando o movimento de tórax e abdome, registro de ronco, se este é de forte intensidade ou intermitente, quantidade de oxigênio no sangue através de sensores digitais totalmente não invasivos, controle da movimentação do corpo durante o exame com monitoramento do movimento do tórax e pernas.

Polissonografia com CPAP

O CPAP (Continuous Positive Airway Pressure) é uma das formas que o seu médico pode escolher como tratamento, sendo assim, você deverá realizar um novo exame de polissonografia com o uso deste aparelho para identificar a pressão do CPAP a ser usada pelo paciente em casa.

Para fazer uma avaliação, marque a sua consulta. Ligue: (11) 5087-8700

A Importância do Sono

É um total contrassenso o fato de que, num mundo em que cerca de 16 a 40% das pessoas em geral sofrem de insônia, haja aquelas que, iludidas pelos valores da sociedade industrial, esforçam-se por reduzir o número de horas de sono diário,. Com isso acreditam, provavelmente, que um corpo “treinado” para dormir menos nos permita ampliar o número de “horas úteis” do dia, mantendo o mesmo desempenho.

Pura ilusão ou, mais provavelmente, uma boa dose de ignorância sobre a importância que o sono tem no funcionamento de nosso corpo e da nossa mente.

Dormir não é apenas uma necessidade de descanso mental e físico: durante o sono ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio e, mesmo, a longo prazo. Estudos provam que quem dorme menos do que o necessário tem menor vigor físico, envelhece mais precocemente, está mais propenso a infecções, à obesidade, à hipertensão e ao diabetes.

Alguns fatos comprovados por pesquisas podem nos dar uma idéia da importância que tem o sono no nosso desempenho físico e mental. Por exemplo, num estudo realizado pela Universidade de Stanford, EUA, indivíduos que não dormiam há 19 horas foram submetidos a testes de atenção. Constatou-se que eles cometeram mais erros do que pessoas com 0,8 g de álcool no sangue – quantidade equivalente a três doses de uísque. Igualmente, tomografias computadorizadas do cérebro de jovens privados de sono mostram redução do metabolismo nas regiões frontais (responsáveis pela capacidade de planejar e de executar tarefas) e no cerebelo (responsável pela coordenação motora). Esse processo leva a dificuldades na capacidade de acumular conhecimento e alterações do humor, comprometendo a criatividade, a atenção, a memória e o equilíbrio.

O sono e os hormônios

A longo prazo, a privação do sono pode comprometer seriamente a saúde, uma vez que é durante o sono que são produzidos alguns hormônios que desempenham papéis vitais no funcionamento de nosso organismo. Por exemplo, o pico de produção do hormônio do crescimento (também conhecido como GH, de sua sigla em inglês, Growth Hormone) ocorre durante a primeira fase do sono profundo, aproximadamente meia hora após uma pessoa dormir.

Qual é o papel do GH? Entre outras funções, ele ajuda a manter o tônus muscular, evita o acúmulo de gordura, melhora o desempenho físico e combate a osteoporose. Estudos provam que pessoas que dormem pouco reduzem o tempo de sono profundo e, em conseqüência, a fabricação do hormônio do crescimento.

A leptina, hormônio capaz de controlar a sensação de saciedade, também é secretada durante o sono. Pessoas que permanecem acordadas por períodos superiores ao recomendado produzem menores quantidades de leptina. Resultado: o corpo sente necessidade de ingerir maiores quantidades de carboidratos.

Com a redução das horas de sono, a probabilidade de desenvolver diabetes também aumenta. A falta de sono inibe a produção de insulina (hormônio que retira o açúcar do sangue) pelo pâncreas, além de elevar a quantidade de cortisol, o hormônio do estresse, que tem efeitos contrários aos da insulina, fazendo com que se eleve a taxa de glicose (açúcar) no sangue, o que pode levar a um estado pré-diabético ou, mesmo, ao diabetes propriamente dito. Num estudo, homens que dormiram apenas quatro horas por noite, durante uma semana, passaram a apresentar intolerância à glicose (estado pré-diabético).

Mas qual é a quantidade ideal de horas de sono? Embora essa necessidade seja uma característica individual, a média da população adulta necessita de 7 a 8 horas de sono diárias. Falando em crianças, é especialmente importante que seja respeitado um período de 9 a 11 horas de sono, uma vez que, quando elas não dormem o suficiente, ficam irritadiças, além de terem comprometimento de seu crescimento (devido ao problema já mencionado sobre a diminuição do hormônio do crescimento), do aprendizado e da concentração.

É na escola que os primeiros sintomas da falta de sono são percebidos. O desempenho cai e a criança pode até ser equivocadamente diagnosticada como hiperativa, em função da irritabilidade e de sua dificuldade de concentração, consequentes da falta do sono necessário. É no sono REM, quando acontecem os sonhos, que as coisas que foram aprendidas durante o dia são processadas e armazenadas. Se alguém, adulto ou criança, dorme menos que o necessário, sua memória de curto prazo não é adequadamente processada e a pessoa não consegue transformar em conhecimento aquilo que foi aprendido. Em outras palavras: se alguém – adulto ou criança – não dorme o tempo necessário, tem muita dificuldade para aprender coisas novas.

Riscos provocados pela falta de sono a curto prazo: cansaço e sonolência durante o dia, irritabilidade, alterações repentinas de humor, perda da memória de fatos recentes, comprometimento da criatividade, redução da capacidade de planejar e executar, lentidão do raciocínio, desatenção e dificuldade de concentração.

Riscos provocados pela falta de sono a longo prazo: falta de vigor físico, envelhecimento precoce, diminuição do tônus muscular, comprometimento do sistema imunológico, tendência a desenvolver obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e gastrointestinal e perda crônica da memória.

Conselhos para Dormir Melhor

  • À noite, procure comer somente alimentos de fácil digestão e não exagerar nas quantidades
  • Evite tomar café, chás com cafeína (como chá-preto e chá-mate) e refrigerantes derivados da cola, pois todos são estimulantes (“despertam”)
  • Evite dormir com a TV ligada, uma vez que isso impede que você chegue à fase de sono profundo
  • Apague todas as luzes, inclusive a do abajur, do corredor e do banheiro
  • Vede bem as janelas para não ser acordado(a) pela luz da manhã
  • Não leve livros estimulantes nem trabalho para a cama
  • Procure usar colchões confortáveis e silenciosos
  • Tire da cabeceira o telefone celular e relógios
  • Tome um banho quente, de preferência na banheira, para ajudar a relaxar, antes de ir dormir
  • Procure seguir uma rotina à hora de dormir, isso ajuda a induzir o sono

Fonte: Dr. Braz Nicodemo Neto CRM 070179

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