É tempo de torcer! Mas você sabia que o som alto pode prejudicar sua comemoração?

Junho já começou e estamos em ritmo de Copa! Serão dias de juntar os amigos para fazer aquela festa e, como bons brasileiros, a torcida é fervorosa e alegria e animação marcam esses dias que também são cheios de barulho, muito barulho!  E é sobre ele que vamos falar por aqui! O Dr. Gilberto Ulson Pizarro,  Médico Otorrinolaringologista do Hospital Paulista, orientou sobre como o som alto, buzinas e vuvuzelas  podem  prejudicar nossa audição.

Quer esteja em um estádio, bar ou até mesmo em casa, o som alto pode causar algumas lesões sérias aos nossos ouvidos, comprometendo nossa audição.  De acordo com a Organização Nacional de Saúde (OMS), um ruído acima de 50 decibéis já pode ocasionar lesões aos nossos ouvidos.

Para se ter uma ideia, o teste de som de trinta e uma cornetas, segundo a Protest em associação com Associação Brasileira de Otorrinolaringologia (ABORL),  encontrou vinte e duas com sons acima de 120 decibéis, sendo que a megacorneta chegou a 129 decibéis (compatível com o som de tiro).

As vuvunzelas dentro de um estádio de futebol chegaram a 127 decibéis. Os bares e restaurantes fechados que, em média, apresentam sons de 65 a 70 decibéis quando associados a comemoração chegam a  100 ou mais decibéis.

A primeira situação (estádio de futebol) pode causar um trauma acústico imediato e a segunda e a terceira (bares e restaurantes fechados), por ficar mais de cinco minutos constantes, tem um risco de lesões aumentado e de maior gravidade. Essas situações podem trazer consequências, como:

 

  • Irritação: o som é um sinal de alerta para o nosso corpo, os ânimos ficam aflorados podendo levar e discussões, brigas, estresse, aumentando a pressão arterial, frequência cardíaca e liberação de substâncias toxicas para o organismo.
  • Lesões: diretamente dentro do ouvido, que varia desde um apito temporário até perda completa da audição.
  • Tontura: devido ao líquido do ouvido ser o mesmo do labirinto (orgão responsável pelo equilíbrio) o mesmo pode ser atingido provocando de tonturas leves e até vertigens duradouras.
  • Perdas auditivas: dependendo da intensidade (volume) do som e do tempo de contato pode-se ter um trauma temporário ( de minutos até 3 dias) ou  definitivo (por exemplo, som acima de 110 decibéis por mais de 4 minutos de exposição).
  • Zumbido: aquele barulhinho pode ficar por alguns dias ou definitivamente, onde os tratamentos são bem difíceis.

 

Se alguns desses sintomas aparecer, é preciso procurar um médico otorrinolaringologia para realizar exames.

O que podemos fazer preventivamente para não deixar de curtir a Copa?

Dr. Gilberto Ulson Pizarro dá dicas valiosas para nós!

  • Em bares: tente ficar em espaços mais abertos. Evitar ficar próximo das fontes sonoras é uma das melhores maneiras de se prevenir; procure por lugares mais tranquilos sempre.
  • Em estádios: em lugares fechados, com muito barulho, use sempre protetores auriculares. São de preços acessíveis e bons aliados a prevenção.

 

Vamos aproveitar esses dias com segurança e responsabilidade.

Afinal queremos ver e OUVIR  muitas outras copas!

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