Ambulatório de Olfato
O Hospital Paulista inaugurou no mês de setembro/2020 o Ambulatório de Olfato.
Objetivo deste Serviço:
Identificar corretamente a razão da perda de olfato e paladar, de modo a proceder com o tratamento correto para resolver os problemas como asnomia (perda do olfato) e a ageusia (perda do paladar), sintomas que vem atingindo boa parte dos pacientes infectados pela Covid 19.
O Ambulatório de Olfato do Hospital Paulista está localizado no interior do Hospital, situado à Rua Doutor Diogo de Faria, 780, na Vila Clementino, em São Paulo, com atendimento inicialmente realizado às terças-feiras e sábados, das 8h às 11h.
O tratamento
O Tratamento
Faz parte do trabalho do médico analisar a capacidade do paciente de perceber odores e observar a qualidade e a intensidade do sentido olfativo. Os testes olfatórios, no entanto, são complexos e nem sempre fornecem uma resposta satisfatória. Dessa forma, é preciso considerar outros fatores que ajudam no diagnóstico.
É de fundamental importância investigar a origem e a evolução do quadro, bem como realizar a observação endoscópica das fossas nasais e exames de imagem, se necessário.
O tratamento da alteração no olfato dependerá da causa do problema, já que a perda pode ser temporária ou permanente.
O tratamento é feito por meio de medicamentos ou de intervenção cirúrgica, caso a perda olfatória for provocada por obstruções na região nasal, como desvio de septo, por exemplo. Caso persista é recomendado um tratamento utilizado mundialmente e desenvolvido há mais de 20 anos pela Universidade da Pensilvânia conhecido como Treinamento Olfatório. Importante saber que neste tipo de tratamento não há melhora imediata. É preciso que o paciente saiba disso, persista e não desanime ou desista. Ele deve encarar como uma fisioterapia olfatória.
Importância do Olfato e Paladar
O olfato é uma das capacidades que só damos valor quando o perdemos, ainda que momentaneamente. Qualquer alteração merece a visita ao médico, pois o sentido é de fundamental importância à nossa segurança, para detectar um vazamento de gás na cozinha, fumaça ou alimentos estragados, e para gerar qualidade de vida – o prazer em sentir cheiro de perfumes e comidas, por exemplo.
Existem diferentes testes para diagnosticar as alterações do olfato, sendo de fundamental importância contar com uma avaliação correta e, de preferência, precoce, a fim de aumentar as chances de reverter o quadro, além é claro do acompanhamento médico em todo o processo de diagnóstico e tratamento.
O olfato e o paladar estão intimamente relacionados. Gostos como o amargo, doce, ácido e salgado podem ser reconhecidos sem a influência dos odores, porém sabores mais complexos requerem o olfato para serem identificados. Devido a essa relação próxima dos dois sentidos, ocorrendo a melhora do olfato teremos também uma melhora do paladar.
Coronavírus e Anosmia
No início da pandemia de Coronavírus, a perda do olfato e paladar ainda não era identificada como sinal da infecção. Essencialmente, os pacientes relatavam febre, tosse seca e fadiga e foi nestes sintomas que a comunidade médica se concentrou para realizar os testes que confirmavam o contágio.
Somente em março, após o relato de pacientes de países distintos sobre os problemas com olfato e paladar no âmbito da pandemia, a American Academy of Otolaryngology – Head and Neck Surgery (Academia Americana de Otorrinolaringologia – Cirurgias de Cabeça e Pescoço) divulgou nota na qual propôs que sintomas como anosmia, hiposmia e ageusia fossem incluídos no rastreamento de pacientes infectados por Covid-19, principalmente na ausência de outras doenças respiratórias, como rinites e rinossinusites.